A irradiação gama já é usada para esterilizar tecidos humanos antes de procedimentos cirúrgicos, para destruir bactérias, vírus e fungos.

A esterilização de tecidos como pele, osso e membrana amniótica utilizando radiação ionizante aumenta o aproveitamento e a segurança do transplante.

O transplante de tecidos é diferente do transplante de órgãos porque os órgãos precisam estar em funcionamento enquanto os tecidos, não. 

Com a irradiação, tecidos que apresentem contaminação serão esterilizados e poderão ser transplantados.

A esterilização poderá ser feita com o Irradiador de Cobalto-60 ou com o Acelerador de Elétrons. A radiação de ambos os aparelhos não contamina o tecido.

Esterilização da pele de tilápia do Nilo (Oreochromis Niloticus) por radiação ionizante

A pele da tilápia tem sido estudada para ser usada como alternativa no tratamento de queimaduras e para este tipo de uso é essencial que seja estéril. Para este fim, várias doses e taxas de doses foram estudadas tanto no irradiador multipropósito quanto em feixe de elétrons, a fim de radioesterilizar este material sem alterar significativamente sua estrutura físico-química. 

Saiba mais | Fontes:

USP: Pesquisas apontam que tecidos irradiados são melhores para transplante 

IPEN: Processamento de Tecidos Biológicos por radiação ionizante

Pesquisadores testam pele de tilápia para queimaduras; IPEN faz a radioesterilização do material