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A nova geração de medicamentos radioativos ataca o câncer com precisão molecular
A Revolução dos Radiofármacos no Combate ao Câncer
Uma nova geração de fármacos radiactivos está revolucionando o tratamento do câncer ao oferecer uma precisão molecular sem precedentes. Esses radiofármacos funcionam como “mísseis guiados”, transportando isótopos radioativos diretamente para as células tumorais através da corrente sanguínea, minimizando danos aos tecidos saudáveis e reduzindo os efeitos colaterais em comparação com as terapias tradicionais. Atualmente, estão disponíveis comercialmente para tratar câncer de próstata e tumores neuroendócrinos, mas há uma expectativa crescente de expansão para outros tipos de câncer, impulsionada por investimentos significativos de grandes empresas farmacêuticas como AstraZeneca, Novartis, Bristol Myers Squibb e Eli Lilly.
O desenvolvimento desses radiofármacos representa um avanço significativo em relação às técnicas anteriores de radioterapia. Desde os primeiros tratamentos com raios X até a introdução da terapia de prótons, a evolução tem sido marcada por uma busca constante por maior precisão e menor impacto nos tecidos saudáveis. Com os radiofármacos modernos, essa precisão atinge o nível molecular, permitindo que a radiação seja entregue diretamente às células cancerosas. Exemplos notáveis incluem o Lutathera, utilizado para tratar tumores neuroendócrinos, e o Pluvicto, aprovado em 2022 para câncer de próstata avançado, que demonstrou duplicar o tempo médio antes da progressão da doença.
Apesar do potencial promissor, a produção e distribuição desses fármacos enfrentam desafios logísticos significativos devido à natureza perecível dos isótopos radioativos utilizados. A vida útil curta desses isótopos exige uma coordenação precisa na fabricação e entrega para garantir que os pacientes recebam tratamentos eficazes. Para enfrentar esses desafios, empresas como a Novartis investiram em instalações especializadas, como a unidade em Indianápolis, avaliada em 100 milhões de dólares, capaz de produzir centenas de doses diárias de Pluvicto. Além disso, pesquisas estão em andamento para desenvolver novos isótopos emissores de partículas alfa, que prometem uma destruição ainda mais localizada das células cancerosas, ampliando as possibilidades de aplicação dos radiofármacos a diferentes tipos de câncer.
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