Os relojoeiros suíços, assim como outros fabricantes de relógios em todo o mundo, usavam radium nos mostradores dos relógios no início do século XX. O rádio é uma substância radioativa que emite radiação alfa, beta e gama, e foi utilizado para iluminar os mostradores dos relógios, permitindo que eles pudessem ser lidos no escuro.

O uso do rádio foi bastante popular na década de 1920 e 1930. No entanto, logo se descobriu que era altamente perigoso para a saúde, pois as partículas emitidas podiam causar câncer e outras doenças. Muitos relojoeiros e trabalhadores que lidavam com o radium desenvolveram doenças graves, incluindo câncer, devido à exposição prolongada à radiação.

Os relojoeiros que trabalhavam com o rádio estavam expostos à radiação, e alguns relatos sugerem que eles brilhavam no escuro devido à exposição prolongada à radiação. Isso se deve ao fato de que o rádio ilumina a camada superficial da pele e dos tecidos, criando uma luz azulada.

A tinta luminescente também foi usada em interruptores, mostradores e bússolas de cockpit de aeronaves e para outros fins industriais.

Hoje em dia, os relógios iluminados com tritium, um isótopo radioativo do hélio, são usados em alguns relógios esportivos e militares, pois eles emitem uma radiação muito baixa não causando danos.

As “meninas do radium” eram trabalhadoras em fábricas de relógios nos Estados Unidos que foram expostas ao rádio. Foram contratadas para pintar os mostradores de relógios com tinta de radium, que brilhava no escuro. Elas foram ensinadas a molhar os pincéis com a boca para torná-los finos e precisos, o que resultou em exposição prolongada ao rádio.

Devido à exposição, muitas dessas trabalhadoras desenvolveram câncer e outras doenças graves. Muitas delas morreram precocemente, enquanto outras lutaram por anos para obter reparações e reconhecimento pelas suas condições de saúde. O caso das “meninas do radium” foi um dos primeiros a chamar a atenção para os riscos da exposição à radiação e ajudou a estabelecer normas para a segurança no trabalho.

Este caso também chamou a atenção para a falta de regulamentação e falta de conscientização dos riscos da radiação e do trabalho com substâncias radioativas. Isso levou à criação de regulamentação para a segurança no trabalho com radiação e substâncias radioativas.

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